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Espetáculo As Cores do Mundo apresentado na E.M. Elysio de Magalhães, em Barcelos
Por Administrador
Publicado em 07/12/2025 11:12 • Atualizado 07/12/2025 11:16
Geral
Em um tempo em que o mundo ainda aprende a lidar com as diferenças, os alunos do 3º , 4º e 6º anos da Escola Elysio de Magalhães, em Barcelos, se reuniram nessa sexta-feira, 5, para lembrar o essencial: a diversidade é o que o faz a sociedade existir. No espetáculo Recortes 2 – As Cores do Mundo, os estudantes transformaram arte em consciência social, dando vida a temas como inclusão, cultura de paz, combate ao preconceito racial, neurodiversidade e acessibilidade. Em cada cena, mostraram que a riqueza humana nasce justamente do encontro entre inúmeras cores, histórias e modos de ser.
 
O coral do 3º e 4º ano, intencionalmente heterogêneo e formado por alunos neurodiversos e neurotípicos, refletiu a diversidade humana presente na escola e transformou cada canção em um gesto de inclusão. A convivência musical entre os grupos favoreceu práticas de escuta, cooperação, atenção compartilhada e promoção de uma cultura de paz. No 4º ano, além da vivência coletiva, foram trabalhados conteúdos formais da música, como alturas, durações, sequenciamento rítmico, leitura de signos e atuação em conjuntos instrumentais.
 
Em cena teatral, estudantes do 6º ano reafirmaram que as diferenças não são barreiras. A apresentação, reforçou a transversalidade entre artes e o desenvolvimento socioemocional, que levou ao público um convite à empatia, ao respeito e à escuta sensível.
 
A estudante do 6º ano, Sara Gaspar, que integrou o grupo de teatro, considera o tema apresentado importante e necessário, já que situações de preconceito fazem parte do cotidiano de muitas pessoas. “Eu e uma colega já passamos por episódios de racismo e bullying. Ela por ser negra e usar tranças, e eu por conta do meu cabelo. Outros amigos (pessoas com deficiências - PCD) também já foram alvos de discriminação. Essas são questões que devem ser abordadas na escola, que considero um espaço de expressão e reflexão”, concluiu.
 
A fala da aluna reforça o propósito pedagógico do espetáculo, que utiliza a arte como meio de elaboração emocional, promoção do diálogo e construção de uma consciência social mais sensível e inclusiva. O trabalho apresentado é fruto de um planejamento pedagógico-musical sistemático desenvolvido em sala de aula e construído coletivamente durante o ano letivo, sob a orientação do professor, maestro e musicoterapeuta especializado em neuroreabilitação, Luís Cláudio Cunha.
 
Segundo ele, o processo formativo integrou fundamentos neurocognitivos como atenção, sequenciamento, ordenação e percepção temporal aos conteúdos musicais específicos, entre eles rítmica, leitura de códigos e atuação coletiva. Essa abordagem evidencia a base técnica e intencional do projeto, orientada para o desenvolvimento integral dos estudantes.
 
“Todos os seres humanos fazem parte das ‘cores do mundo’, desde os neuroatípicos às diferentes etnias e formas de ser. O musical apresentado é um convite à sensibilidade, à inclusão, à empatia, à cultura de paz na escola e ao acolhimento de cada criança em sua singularidade. Estou feliz porque eles mostraram todo o saber fazendo acontecer”, refletiu o professor.
 
O espetáculo integra a continuidade do projeto “Recortes”, de autoria do próprio docente desde 2017, e se caracteriza por abordar temas humanos e sociais por meio da arte e da convivência.
 
Para o secretário municipal de Educação, Daniel Damasceno, a escola é o primeiro espaço onde se aprende a conviver com as diferenças. "Quando acolhe, educa e inclui, ela transforma vidas. Celebrar a diversidade é reafirmar que cada estudante tem um lugar e um valor único na construção de uma sociedade mais justa. Parabéns ao professor Luiz Cláudio e a toda escola pelo excelente trabalho de inclusão”, pontuou.
 
Estiveram presentes a diretora da E.M. Elysio de Magalhães, Rita de Cássia Arueira, o fisioterapeuta da equipe multidisciplinar da Semed, Marinaldo Borges Oliveira, além de equipe pedagógica, familiares e alunos.
 
fonte: secom

 

 
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