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O que você estava fazendo aos 17 anos? Provavelmente estudando para o Enem, se despedindo do colégio, pronto pra decidir o curso da faculdade. Esse costuma ser o roteiro comum para quase todo mundo. Quase…
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Aos 17, João Fonseca já tinha vencido partidas no circuito profissional de tênis — algo raro para alguém tão jovem — e se destacado em um esporte que, no Brasil, nunca foi exatamente popular.
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(Imagem: AFP)
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No ano seguinte, aos 18, venceu um top 10 no Australian Open, entrou no top 100 e passou a exibir no uniforme marcas como Rolex, On e XP. Era o sinal de que o mercado tinha entendido o potencial do brasileiro antes mesmo do grande público.
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E agora, aos 19, João fez algo que nenhum atleta, político ou celebridade brasileira conseguiu em 2025:
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O fenômeno carioca
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Além do sucesso dentro de quadra, quebrando recordes, levantando taças e conquistando títulos com tão pouco tempo dentro do esporte, João atingiu um patamar de atenção pública que o tênis brasileiro não via há décadas.
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E, mesmo assim, com características muito diferentes das de Guga Kuerten, a referência que o país sempre teve.
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No fim dos anos 90, foi o mesmo Guga levou o BR ao topo do ranking mundial, virando sinônimo de Roland Garros e fazendo o tênis chegar no horário nobre. Mas claro, em um período sem redes, sem métricas de engajamento e sem vídeos virais no TikTok, Reels ou X.
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Guga era um fenômeno esportivo que transbordava para fora da quadra. João é o contrário: um fenômeno de atenção que se alimenta — mas não depende — do que faz dentro dela.
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E isso aparece nos números:
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Entre dezembro/24 e outubro/25, João foi tema de 137 mil publicações e 25,6 milhões de interações nas redes;
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No Instagram foram 938 mil novos seguidores em nove meses, chegando a 1,2 milhão.
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Em janeiro, depois da vitória sobre Andrey Rublev no Australian Open, quase meio milhão de pessoas passaram a segui-lo.
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(Imagem: Hannah Peters/Getty Images)
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Ok…mas qual o ponto aqui?
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Se olharmos para o todo, 2025 foi um ano de grandes acontecimentos, reviravoltas, seja no esporte, geopolítica ou mesmo os assuntos internos do país.
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Prisões de figuras públicas, crises no mercado, debates sobre tarifas, Mundial de Clubes, Cop30, Libertadores…
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Mas mesmo assim, o nome mais buscado foi de um tenista de 19 anos. Isso significa que João não só competiu com atletas da própria modalidade — como por exemplo, no jogo da última segunda-feira contra Alcaraz, com repercussão mundial — mas com as figuras que tradicionalmente dominam o noticiário nacional.
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Jogadores de futebol, artistas pop, líderes políticos e fenômenos eventuais viram João ter uma relevância maior no âmbito das redes sociais, que hoje é onde tudo acontece e se multiplica.
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O ponto central é esse: o interesse ultrapassou a bolha do tênis. João passou a circular entre pessoas que não acompanham o esporte, não assistem a Grand Slam e não sabem o ranking da ATP.
fonte: the news
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